O projeto “Esterilização de EPIs com radiação gama com vista à sua reutilização” conquistou um financiamento de 39.808 euros no âmbito da 2.ª edição da iniciativa “RESEARCH 4 COVID-19”.
Cientistas do Instituto Superior Técnico desenvolvem novo processo de esterilização de equipamentos de proteção individual
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) tornaram-se parte das nossas vidas nos últimos tempos, sendo uma arma poderosa para garantir a segurança da população em geral, e em particular dos profissionais de saúde que correm riscos acrescidos. Chega-nos também a informação de que este tipo de equipamentos ainda não existe em quantidade suficiente no mercado para suprir as necessidades em todo o mundo, e que, nalguns casos pode atingir preços bastante elevados. Por outro lado, sabemos que os mesmos são feitos maioritariamente com plástico, que acabam depositados no fundo dos nossos oceanos, o que irá refletir-se no aumento da sua poluição.
Uma solução segura e também ecológica que dá resposta a todas estas questões está a ser desenvolvida nos laboratórios do Instituto Superior Técnico. O projeto “Esterilização de EPIs com radiação gama com vista à sua reutilização”, liderado pela professora Ana Paula Serro (Centro de Química Estrutural- CQE) irá avaliar a possibilidade de usar radiação gama para esterilizar EPIs essenciais para prevenir a disseminação da COVID-19, tais como máscaras, vestuário, etc.
Embora a maior parte dos EPIs seja descartável, a professora Ana Paula Serro esclarece que “muitos poderão ser reutilizados de forma eficaz e segura, desde que se proceda à sua esterilização e que os mesmos mantenham um desempenho adequado”. Para a docente do Instituto Superior Técnico “a reutilização dos EPIs constitui uma mais-valia para as unidades prestadoras de cuidados de saúde, com impacto positivo quer em termos económicos, quer ambientais”.
O projeto “Esterilização de EPIs com radiação gama com vista à sua reutilização” foi um dos selecionados na 2.ª edição da iniciativa “RESEARCH 4 COVID-19”, conquistando um financiamento de 39.808 euros. Com início agendado para julho, o projeto conta com “uma equipa com larga experiência em esterilização de dispositivos médicos, que tem vindo a desenvolver trabalho conjunto no âmbito de outros projetos, há vários anos”, conforme refere a professora Ana Paula Serro.
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