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Investigação e Desenvolvimento

Dia Mundial da Saúde: Vacinação à COVID-19

A vacinação à COVID-19 está na ordem do dia. Por isso falámos com o Professor João Gonçalves da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa acerca dos efeitos de imunidade da vacina e de imunidade da infeção.

Dia Mundial da Saúde: Vacinação à COVID-19

"Não tenham medo dos efeitos adversos das vacinas". Esta foi uma frase proferida pelo Professor João Gonçalves. Mas porque é que considera que alguns efeitos adversos são até desejáveis?

"Do ponto de vista científico alguns efeitos adversos das vacinas correspondem a uma resposta do sistema imunitário aos antigénios das vacinas. Durante o processo de resposta imunitária às infeções é normal que muitos dos sintomas de febre, dores musculares e mau estar generalizado medidas por citoquinas e outras proteínas que atuam como ativadores de proteção do organismo. Esta resposta inflamatória vai permitir ao sistema imunitário “afinar” a sua resposta mais específica contra os agentes infeciosos, quer seja através de anticorpos ou linfócitos T. Da mesma forma, as vacinas terão de induzir uma resposta fortalecida do sistema imunitário para criar uma imunidade mais protetora e neutralizante aos vírus. Por isso dizemos que ter os efeitos secundários após a vacinação é sentir que a vacina está a funcionar."

A vacinação à COVID-19 está na ordem do dia e ainda há várias camadas da sociedade com algumas dúvidas. O que é que nos pode dizer sobre os efeitos de imunidade da vacina e de imunidade da infeção?

"O que se pretende da imunidade estimulada pelas vacinas é ensinar o sistema imunitário a responder contra vírus ou bactérias sem ter contato com agentes infeciosos. As vacinas normalmente são constituídas por bactérias ou vírus que não causam doença ou apenas compostas por fragmentos deles. A imunidade resultante da vacina pretende criar uma reposta de anticorpos muito potentes, ditos neutralizantes, ou linfócitos T que matam as células infetadas. Para além disso a imunidade criada pelas vacinas tem de ser muito duradoura, ou seja, o corpo deve lembrar-se durante vários anos que esteve em contato com a vacina. É o que se denomina de memória imunológica.

Numa infeção que ocorre na ausência de vacinação, o sistema imunitário responde mais lentamente e a memória imunológica é mais difícil de se implementar. Ou seja, com a vacinação a imunidade antiviral ou antibacteriana é mais rápida e mais duradoura não deixando que os sintomas da doença se implementem, o que é fundamental para a estratégias de saúde pública."

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