Dia Mundial da Atividade Física: "Um estilo de vida ou uma verdadeira prioridade de saúde pública?"
Hoje, dia 6 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Atividade Física e para assinalar este dia falámos com o Professor Luís Bettencourt Sardinha, a Professora Helena Santa Clara e a Professora Analiza Mónica Silva da Faculdade de Motricidade o Humana (FMH). Ao longo da semana vamos publicar as mensagens que resultaram dessa conversa.
A atividade física é um estilo de vida ou uma verdadeira prioridade de saúde pública?
“A atividade física não é somente uma prioridade de Saúde Pública mas também o seu instrumento mais barato.”
Para os Professores da FMH, “pessoas mais ativas têm uma menor incidência de doenças crónicas não transmissíveis, tais como a diabetes tipo 2, o cancro, as doenças cardiovasculares e respiratórias, e também as doenças infeciosas e mentais. Verificando-se como consequência a redução da morbilidade e o aumento da longevidade. Por exemplo, pessoas que realizem 8 000 ou 12 000 passos por dia têm uma probabilidade superior de 51% e 65%, respetivamente, de aumentar a sua longevidade com saúde, quando comparadas com as pessoas que fazem apenas 4 000 passos por dia.”
Nesse sentido, é importante deixar três mensagens da saúde pública:
- “Mais dispêndio energético associado à atividade física aumenta a sobrevivência
- Os benefícios ocorrem essencialmente quando as pessoas são sedentárias e aumentam ligeiramente a atividade física
- Os benefícios ocorrem em todos os grupos etários, mas com especial relevância nas pessoas mais velhas
Esta última mensagem sugere que nunca é tarde para começar a fazer atividade física moderada, por exemplo, 30 minutos a andar com uma passada mais rápida no mínimo 4 a 5 vezes por semana.”
Os professores reforçam que “a atividade física para além de ser um alicerce para a autonomia, a produtividade, a sensação de bem-estar e qualidade de vida individual, tem um impacto relevante no custo anual com os cuidados de saúde, estimados em 45 mil milhões de euros e 14 mil milhões euros atribuíveis à perda de produtividade.”
“Em conclusão, quanto mais atividade física moderada, com inclusão de alguma intensidade, integrar o quotidiano de cada pessoa, mais e melhores serão os benefícios pessoais durante todo o ciclo de vida. É reduzida a probabilidade de contrair doenças e aumentada a possibilidade de coadjuvar o tratamento de algumas doenças. Como consequência, observa-se uma redução dos custos com os cuidados de saúde, devendo ser, inequivocamente, uma prioridade pessoal e de Saúde Pública.”
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